O Tribunal para os Menores de Bari, no Sul da Itália, suspendeu o pátrio poder da brasileira de 28 anos presa por espancar o filho de sete meses, que se encontra em graves condições em um hospital da cidade.
Os magistrados confiaram a criança aos serviços sociais e, na esperança de que ele se recupere dos ferimentos, aos médicos da clínica onde está internado há três dias. O procedimento confirma as medidas de urgência adotadas pela procuradoria, que já tinha posto o bebê sob a guarda da equipe médica.
O pai e companheiro da brasileira, de 35 anos, também teve retirado seu pátrio poder — um conjunto de direitos e obrigações conferidos aos genitores para que desempenhem as funções determinadas por lei em relação aos filhos menores de idade.
O casal mora na localidade de Gioia del Colle, na província de Bari. O ato de violência teria sido cometido após uma briga entre os dois.
Segundo informações, os maus tratos vinham acontecendo há vários meses, mas se agravaram na quarta-feira, quando a brasileira espancou a criança com extrema violência. A polícia descobriu que o companheiro também era agredido por ela.
O bebê foi levado ao pronto-socorro pelo homem e, depois de ser examinado, transferido à cidade de Bari devido à gravidade do caso. As análises permitiram descobrir que as lesões não haviam sido causadas por uma queda acidental, como declarou a mãe, e nem foram provocadas em uma única circunstância.
A criança apresentava fraturas no crânio, em sete costelas, nos dedos das mãos, em um fêmur e um úmero, além de ter sofrido mordidas pelo corpo e possuir marcas e feridas, possivelmente provocadas por queimaduras. Já no hospital, ele sofreu dois colapsos cardíacos.
As condições atuais de saúde do bebê, que foi submetido a uma cirurgia na cabeça, continuam muito graves. A mulher — que foi adotada ainda pequena por uma família da cidade e possui cidadania italiana — está presa desde a sexta-feira, acusada de maus tratos agravados pelas lesões gravíssimas provocadas no filho.