A Justiça italiana irá processar 21 membros das juntas militares e dos Serviços de Segurança, entre eles ex-ministros e ex-chefes de Estado, de Bolívia, Chile, Peru e Uruguai que atuaram entre os anos 1970 e 1980 na chamada Operação Condor — estratégia conjunta das ditaduras dos países do Cone Sul que coordenava ações político-militares.
Eles respondem por homicídio agravado e sequestro de 23 cidadãos de origem italiana, apontaram fontes judiciais. O julgamento terá início em 12 de fevereiro, decidiu o juiz Alessandro Arturi, de Roma.
As investigações, que duraram cerca de dez anos, incluíam 140 réus, entre eles 59 argentinos, 11 brasileiros e seis paraguaios.
Mas a morte de alguns acusados, assim como razões burocráticas, fizeram com que o número de processados diminuísse consideravelmente.