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Italianos protestam contra aumento dos preços da energia

As principais cidades italianas realizaram manifestações contra o aumento dos preços da energia, sob o temor de uma elevação de 60% nas contas de luz e gás.

Os atos foram organizados pela União Sindical de Base (USB), que também protestou contra empresas que tentam obter lucros maiores em meio à crise energética, em Roma, Milão, Nápoles, Turim, Florença, Vicenza, Trieste, Bolonha, Livrono, Pisa, Cagliari, entre outras.

Além disso, o sindicato pretende apresentar uma denúncia no Ministério Público de Roma “contra toda a conduta das empresas que comercializam gás, eletricidade e derivados de petróleo em detrimento da comunidade, especulando sobre as diferenças entre o que pagaram pela matéria prima e o preço pelo qual eles são revendidos”.

As manifestações também criticaram o premiê demissionário da Itália, Mario Draghi, e o futuro governo de extrema direita da deputada Giorgia Meloni, tendo em vista que “as supostas divergências que foram ostentadas para conseguir votos foram descartadas” nas últimas eleições.

Nas iniciativas, fogueiras simbólicas onde as contas podem ser queimadas foram criadas, assim como em Bolonha, na central Via Ugo Bassi, onde decorreu um ato organizado pela campanha “Nós não pagamos Emilia Romagna”, promovida por grupos de trabalhadores.

“O consumo em julho com vencimento em agosto passou de 670 euros para 2.020 euros, e em julho não trabalhei em plena capacidade e com isso vou conseguir cerca de 5 mil euros, e é insustentável para um negócio como o meu”, diz Oberdan, um padeiro que arrisca “deixar três funcionários em casa” e “fechar as persianas” devido aos aumentos de preços.

No fim de setembro, a Autoridade Reguladora de Energia, Redes e Ambiente (ARERA) da Itália anunciou que os preços da energia elétrica doméstica no território italiano vão aumentar 59% a partir deste mês. A mudança afetará cerca de 41,5% dos lares do país.

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