Transformando em números, as informações do Istat apontam que há 157,7 idosos para cada 100 jovens na Itália e 55,1 pessoas que não estão mais em idade ativa para o mercado de trabalho para cada 100 trabalhadores. Por causa disso, pela primeira vez em 10 anos, a expectativa de vida dos italianos apresentou uma queda de 0,2 anos para os homens (80,1 anos) e de 0,3 para as mulheres (84,7 anos de média).
Na questão do matrimônio, há 3,2 casamentos para cada mil habitantes, colocando a Itália entre os países da União Europeia em que há menos uniões. Mas, se os italianos dizem poucos "sim", há ainda menos divórcios. A incidência é de 8,6 separações para cada 10 mil habitantes em 2014 – em nível europeu, só fica à frente de Malta e Irlanda.
Outro índice relevante apresentado pelo Istat é que houve mais uma queda no número de mulheres que têm filhos e o índice está em 1,37 filho para cada mulher. Se for considerada a idade das novas mamães, as que moram no sul da Itália, no chamado "Mezzogiorno", são as mais jovens.
Na questão da densidade demográfica, as regiões da Lombardia, Lazio e Campânia são as mais populosas, sendo que, em análise total, o Mezzogiorno é o que tem mais habitantes. A Itália está ainda entre as nações europeias com maior densidade, com 201,2 habitantes por quilômetro quadrado – alta de quase 10 habitantes desde 2004.
O Istat a mostrou que houve aumento de 1,9% no número de estrangeiros que decidiram morar na Itália, atingindo 8,2% do total de residentes (quase quatro milhões de habitantes estrangeiros ao todo).
O Instituto ainda apresentou dados relativos às questões econômicas e voltou a mostrar o abismo existente entre o sul e o norte do país. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita do norte ficou em 30.821 euros enquanto que o Mezzogiorno tem quase a metade do valor, ficando em 16.761 euros por pessoa. Em 2014, na média final, o PIB per capita ficou em 25.256 euros, a taxa mais baixa dos últimos 10 anos.
Além disso, mais de 2,3 milhões de pessoas 15 e 29 anos (25,7% do total) não estavam estudando e também não estavam trabalhando. A taxa é maior entre as mulheres (27,1%) e no sul da Itália, sendo que na Sicília e na Calábria o índice chega a 40%.
Já no quesito cultura, os dados apresentados mostram que os italianos estão lendo menos, mas frequentando mais espaços culturais. Houve aumento no número de pessoas que disseram visitar museus e sítios arqueológicos e também naquelas que frequentam os cinemas.
O estilo de vida, na questão da saúde, apresentou melhora na comparação com os anos anteriores. Em 2014, houve redução no consumo excessivo de álcool (15,5%), nos fumantes (19,5%) e nas pessoas obesas (10,2%). Porém, mesmo com um aumento no número de cidadãos que disseram praticar algum esporte, apenas um terço da população pratica exercícios regularmente. (Fonte: Ansa)