A ativista antifascista italiana Ilaria Salis compareceu ao tribunal de Budapeste, na Hungria, pela primeira vez sem algemas e correntes.
A professora do ensino fundamental de Monza, de 39 anos, é acusada no país de envolvimento em um ataque a três neonazistas na capital húngara no ano passado.
“Quero agradecer a todas as pessoas que me apoiaram”, comentou Salis antes do início da terceira audiência do seu julgamento.
A mulher foi libertada da prisão de segurança máxima, onde esteve durante mais de 15 meses, e foi transferida para uma residência para permanecer em prisão domiciliar. No entanto, o juiz Josef Szos revelou o endereço de Salis, o que causou protestos da família e dos representantes da italiana.
“Há uma enorme proteção para a pessoa atacada, que é húngara, e depois é revelado o domicílio de Ilaria. É um sistema inaceitável, não me parece um julgamento justo”, afirmou o pai de Salis, Roberto.
Zoltan Toth primeira testemunha ouvida como parte lesada no julgamento contra a ativista, afirmou que não reconheceu Salis entre os seus agressores.
O Ministério Público da Hungria pediu uma pena de 11 anos de detenção, mas o pai de Salis diz que a filha corre o risco de pegar até 24 anos de prisão sob a acusação de tentativa de homicídio.