A empresa italiana ENI colocou a pedra fundamental de seu primeiro projeto de gás natural liquefeito na República do Congo, país africano que é uma das apostas de Roma para diversificar seus fornecedores.
A cerimônia ocorreu em Pointe-Noire e reuniu o presidente congolense, Denis Sassou Nguesso, e o CEO da gigante de óleo e gás, Claudio Descalzi.
O projeto terá capacidade de produzir 3 milhões de toneladas (4,5 bilhões de metros cúbicos) de gás natural liquefeito por ano e vai aproveitar as jazidas do campo de Marine XII, “satisfazendo as exigências do país para produção de energia elétrica e, ao mesmo tempo, alimentando a exportação”, de acordo com ENI.
“Celebramos o início de um dos principais projetos da ENI, que está destinado a contribuir significativamente para a segurança energética e a competitividade industrial italiana e europeia”, disse Descalzi.
Serão instaladas duas unidades flutuantes para liquefação de gás natural, sendo que a primeira deve iniciar a produção ainda neste ano, enquanto a segunda entrará em operação em 2025.
“É um resultado que testemunha a importância das alianças de longo prazo com os parceiros africanos, em uma fase que exige importantes escolhas estratégicas sobre a futura diversificação das rotas de abastecimento europeias”, acrescentou Descalzi.
Desde o início da guerra na Ucrânia, a Itália passou a estreitar a relação com outros fornecedores de gás natural para reduzir sua dependência energética em relação à Rússia, maior exportadora mundial da commodity.