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Itália tem aumento no número de casos de violência contra mulher

Os números de casos de perseguição, abuso doméstico e violência sexual contra mulheres estão aumentando na Itália, de acordo com um relatório divulgado, por ocasião do “Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres”.

Nos primeiros seis meses de 2024, foi relatado um crescimento de 6% nos casos de perseguição – que afetaram mulheres em 74% dos incidentes – e um aumento de 15% no abuso doméstico, envolvendo mulheres em 81% dos casos.

O documento produzido pelo serviço de análise criminal do departamento central de polícia revela ainda que os casos de violência sexual também cresceram em 8%.

No total, em 91% dos casos, as vítimas eram mulheres, sendo que 28% tinham menos de 18 anos e 77% eram cidadãs italianas.

Além disso, de 1º de janeiro a 18 de novembro deste ano, 99 mulheres foram mortas na Itália, em casos de feminicídios que ocorreram principalmente nas regiões centrais do país. Já nas regiões norte e no sul o número de incidentes diminuiu.

O fenômeno cresce em pequenos municípios com menos de 5 mil habitantes e afeta mulheres com mais de 65 anos. Ao todo, foram 37 nos primeiros 11 meses de 2024, o equivalente a 37,4% do total das vítimas femininas, mortas na maioria dos casos pelo cônjuge ou crianças.

O número de criminosos com menos de 25 anos também aumenta (de 4 para 12), embora, consistentemente com a dinâmica observada para as vítimas, os com mais de 64 anos têm a maior incidência (27 perpetradores, equivalente a 27,8%).

Os dados relativos às vítimas estrangeiras são significativos e passaram de 17 para 24, representando um quarto do total de vítimas (24,2%), com um aumento de 41,2% nos primeiros 11 meses de 2024. No entanto, o número de vítimas italianas diminuiu 21,1%, passando de 95 para 75.

Segundo o relatório, quase 8 mil detenções foram feitas neste ano por crimes contra mulheres. O número é maior do que todo o período de 2023, quando ocorreram 7.644 prisões pela polícia, e de 2022 (7.111).

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