Pelo menos 30 jovens mulheres foram levadas pelo empresário Gianpaolo Tarantini para as residências de Silvio Berlusconi para se prostituírem com o premier italiano, de acordo com dados coletados pelo Ministério Público de Bari (Apulia, sul do país), que anunciou o término da investigação sobre o caso.
Esta investigação levou à formalização de 28 acusações contra Tarantini e sete de seus colaboradores, principalmente por conspiração criminosa e favorecimento de prostituição.
A hipótese dos procuradores é que Tarantini – dono de uma empresa de acessórios médicos – criou uma rede de prostituição para "consolidar suas relações com Silvio Berlusconi, obter através dele encargos institucionais e conseguir estabelecer, pela sua intermediação" contatos úteis para seus negócios e interesses pessoais.
Junto com os co-réus, afirmam os juízes investigadores, o empresário "se ocupava de encontrar e selecionar as prostitutas", além de "verificar sua disponibilidade em se prostituir" e participava da "organização de noitadas nas residências do premier", chegando inclusive a instruir as jovens sobre "a conduta que deveriam ter e como deveriam se vestir".