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Itália recebe prisioneiro da base de Guantánamo

O governo da Itália concordou em receber um detento da base norte-americana de Guantánamo, em Cuba, informaram fontes do governo de Roma neste final de semana.   

Fayiz Ahmad Suleiman Yahia passou 14 anos na base sem ter passado por julgamento. Ele foi selecionado para ser transferido há cerca de seis anos, em 2010, mas não pode voltar ao seu país natal, Iêmen, por conta da instabilidade política local. Ele é considerado um militante terrorista de baixo nível hierárquico, suspeito de lutar pelo al Qaeda no Afeganistão. Em comunicado, representantes do Pentágono agradeceram as autoridades de Roma "pelo gesto humanitário e sua boa vontade para apoiar os esforços norte-americanos".   

Dois presos tunisianos já foram transferidos ao país no final de 2009, durante o governo de Silvio Berlusconi.   

Com sua libertação, cai para 78 o número de detentos em Guantánamo.   

O fechamento da base é uma das bandeiras do governo de Barack Obama e foi uma de suas principais promessas de campanha eleitoral em 2008. Aberto há mais de uma década, após os atentados do dia 11 de setembro de 2001, no auge da chamada "Guerra ao Terror", o local é constante alvo de críticas por seus métodos não ortodoxos e pelo fato de que os detidos no local não chegaram a passar por julgamento. Organizações humanitárias ainda alegam que Guantánamo é palco de violações dos direitos humanos e de tortura. Além disso, a instituição é uma fonte de gastos muito grande para o governo. Segundo Obama, o Pentágono deve economizar cerca de US$ 85 milhões com o fechamento de Guantánamo. Especialistas ainda alegam que Guantánamo é utilizada como propaganda contra os Estados Unidos por extremistas islâmicos como forma de recrutar novos militantes. (Ansa)

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