O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, declarou que gostaria de compreender a posição da Alemanha sobre a crise migratória no Mediterrâneo.
Em um comício do partido Força Itália (FI) em Paestum, no sul do país, Tajani declarou que Berlim fechas as suas fronteiras terrestres ao mesmo tempo que financia ONGs de resgate de migrantes.
“O chanceler alemão diz o que ele quer. Isso é migração secundária, mas temos um problema de migração primário. Temos uma estratégia e precisamos olhar para ela, bem como para a solidariedade europeia. Gostaríamos de saber qual é a posição da Alemanha, ela não está clara”, analisou o político.
Nas redes sociais, o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, ironizou os comentários de Olaf Scholz, chanceler alemão, ao dizer que são “coerentes” e “engenhosos”.
“Estão tentando bloquear a migração em uma parte da Europa e facilitar seu transporte em outra”, criticou Crosetto, mencionando o reforço do controle na fronteira com a Áustria realizado por Berlim.
O Ministério do Interior italiano revelou que pouco mais de 133 mil pessoas chegaram ao país em barcos de migrantes desde o início do ano até o dia 25 de setembro, quase o dobro de desembarques registrados no mesmo período do ano passado (69.806).