
Os habitantes da Itália com mais de 12 anos precisam apresentar um certificado sanitário digital ou impresso para acessar academias, piscinas públicas, cinemas, teatros, feiras, congressos, eventos esportivos, shows e áreas cobertas de bares e restaurantes.
A medida é uma tentativa do governo do premiê Mario Draghi de estimular a vacinação contra a Covid-19 e fazer o país atingir a tão sonhada imunidade coletiva.
Até o momento, cerca de 65% da população está ao menos parcialmente vacinada contra o novo coronavírus, enquanto 54% das pessoas concluíram o ciclo de vacinação, mas o ritmo de aplicação das primeiras doses vem caindo nas últimas semanas.
“As coisas estão indo bem para a economia italiana, e espero que sejam ainda melhores, mas quero dizer aos italianos: para que as coisas melhorem, se vacinem e respeitem as regras”, disse Draghi.
O chamado “passe verde” pode ser obtido por pessoas totalmente vacinadas contra a Covid-19 ou que tenham tomado a primeira dose há pelo menos 15 dias; curados da doença há no máximo seis meses; ou indivíduos que tenham testado negativo em exames PCR ou de antígeno há no máximo 48 horas.
São consideradas apenas as vacinas em circulação na Itália (AstraZeneca, Janssen, Moderna e Pfizer), mas o governo abriu uma exceção para os voluntários que participaram das fases 1 e 2 de ensaios clínicos do imunizante da farmacêutica italiana ReiThera, que ainda não tem eficácia comprovada.
Pessoas que violarem as regras estarão sujeitas a multas de 400 a 1.000 euros (de R$ 2,5 mil a R$ 6,2 mil pela cotação atual).
No início do próximo ano letivo, em setembro, o certificado também será exigido de funcionários de escolas, incluindo docentes, e de estudantes e professores universitários. Quem não apresentar o “passe verde” terá o salário suspenso.
Além disso, a partir de 1º de setembro, o certificado também será cobrado em meios de transporte de longa distância, como trens e ônibus que atravessem mais de duas regiões.