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Itália nega extradição de condenado por tráfico para Brasil

O Tribunal de Apelação de Bolonha negou o pedido do Brasil para extraditar o italiano Davide Migani, 52 anos, condenado por tráfico internacional de cocaína.

Apesar do parecer favorável da procuradoria-geral da República, a justiça rejeitou a solicitação devido as condições carcerárias, principalmente pela superlotação nas prisões e os episódios de violência, segundo destacou o advogado de defesa, Claudio Cicognani.

Migani foi preso no Brasil no dia 24 de dezembro de 2011, junto com sua então namorada, Giorgia Pierguidi, 47 anos, após ambos serem resgatados na costa de Aracaju, no Sergipe, depois de um naufrágio.

No iate, porém, os policiais encontraram uma carga de 307 quilos de cocaína pura. A investigação estimou que havia meia tonelada no barco, mas foram recuperados cerca de 280 barras que totalizaram os 307 quilos, com valor estimado de 20 milhões de euros.

Os dois chegaram a ser absolvidos em primeira instância e liberados da prisão por terem convencido a corte de que não sabiam da droga. Migani, inclusive, havia dito que tinha naufragado de propósito após achar a carga e avisado a namorada pouco antes da ação.

No entanto, após a apelação, ambos foram condenados a penas de 13 a 20 anos por tráfico internacional – depois reduzidas por recurso para 17 anos e 6 meses para ele e cerca de 10 anos e 10 meses para ela. Só que os dois já haviam voltado para suas residências na Itália. O pedido de extradição foi feito em fevereiro deste ano pelo Brasil, onde o caso provocou diversas polêmicas.

Recentemente, a justiça italiana já havia rejeitado o pedido brasileiro para extraditar a então namorada do italiano, a cabeleireira Pierguidi, natural de Alzano Lombardo, em Bergamo, mas residente em Forlì.

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