A Itália relembrou o assassinato do juiz Giovanni Falcone, vítima de um atentado da Cosa Nostra, a máfia siciliana, no dia 23 de maio de 1992. O crime ocorreu em uma rodovia dos arredores de Palermo, capital da Sicília, e também tirou as vidas da esposa do magistrado, Francesca Morvillo, e de três agentes da escolta: Vito Schifani, Rocco Dicillo e Antonio Montinaro.
Por meio de um comunicado, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que a morte de Falcone marcou o início de um "resgate moral" do país e a abertura de um novo "horizonte de compromisso" no combate ao crime organizado.
Já o primeiro-ministro Matteo Renzi disse que, graças ao juiz, a Itália é uma nação "mais forte e mais livre". Em Palermo, o magistrado foi lembrado em uma manifestação com cerca de 1 mil estudantes e que contou com sua irmã, Maria Falcone, e com o ministro da Justiça Andrea Orlando.
O juiz também foi homenageado no Brasil, em um seminário realizado pelo Colégio Dante Alighieri, em São Paulo. O evento se chamava "Para não esquecer" e teve a presença do cônsul-geral da Itália na capital paulista, Michele Pala. "Comovente comemoração de Falcone e Borsellino [Paolo, outro juiz assassinado pela Cosa Nostra em 1992] também em São Paulo. Hoje somos todos sicilianos", escreveu o diplomata no Twitter. (Ansa)