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Itália julgará agentes da ditadura militar brasileira em maio

A III Corte de Assis, em Roma, decidiu julgar separadamente os brasileiros Marco Aurélio da Silva Reis, João Osvaldo Leivas Job, Carlos Alberto Ponzi e Átila Rohrsetzer, acusados de homicídio culposo do ítalo-argentino Lorenzo Ismael Viñas, em 1980. Os quatro eram agentes da ditadura militar brasileira à época. A Justiça italiana debatia se eles deveriam ser julgados ao lado dos outros 33 acusados de participar de crimes nas ditaduras latino-americanas ou em um processo à parte. As informações foram publicadas pela agência RFI Brasil.

Segundo a matéria, os juízes acataram os argumentos da defesa dos brasileiros, que pretendiam obter o julgamento em separado. Como o processo Condor foi aberto em fevereiro de 2015 e muitas testemunhas já haviam sido ouvidas, os magistrados decidiram pelo desmembramento da acusação contra os brasileiros. O julgamento deles começará no dia 9 de maio, em Roma. Os réus poderão ser condenados à prisão perpétua.

O processo Condor começou há um ano, na Itália, e acusa outros 33 militares e políticos latino-americanos por crimes contra a humanidade, ao terem participado de assassinatos e sequestros durante os regimes autoritários em países como Argentina e Brasil nas décadas de 70 e 80. A Itália decidiu processar estes 33 porque eles são suspeitos de envolvimento nas mortes de cidadãos com dupla cidadania, uma delas sendo italiana.

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