Os rumores sobre uma possível renúncia do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi agitam o cenário político local.
O prefeito de Roma, Gianni Alemanno, defende que "a governabilidade deve ser ajudada por todas as forças políticas".
"O meu conselho a Berlusconi e à maioria é o de apresentar reformas e intervenções adequadas para enfrentar a crise, e não retroceder", disse Alemanno.
Por sua vez, o líder no Senado do governista Partido da Liberdade (PDL), Maurizio Gasparri, afirmou que "o governo tem o dever de enfrentar a situação econômica com a base da agenda europeia que Berlusconi ilustrou em todas as sedes internacionais".
"De resto, sobre os outros assuntos, não surgem propostas úteis em um momento tão delicado", acrescentou o parlamentar, destacando que a esquerda está "dividida" e que o PDL "fará sua parte", cumprindo com os deveres que tem com o país.
Favorável à renúncia, o líder do opositor Itália dos Valores (IDV), Antonio Di Pietro, contou desejar "que Berlusconi volte para casa o mais rápido possível e que os italianos sejam colocados em condições de escolher quem os governa".
Os rumores sobre uma possível renúncia de Berlusconi se intensificaram após a Cúpula do G20, em Cannes (França), durante a qual foi anunciado um monitoramento do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O organismo deverá acompanhar a implementação de medidas cujo objetivo é equilibrar o déficit público do país, que chega a 120% do Produto Interno Bruto (PIB).
O premier italiano nega qualquer possibilidade de pedir demissão e garante que ainda tem a maioria no Parlamento.