A Itália celebrou o Dia Nacional de Memória das Vítimas da Máfia, data comemorada desde 1996 no primeiro dia da primavera no Hemisfério Norte.
Em Trapani, na Sicília, cerca de 50 mil pessoas participaram de uma marcha organizada pela associação Libera, que atua na conscientização da sociedade civil sobre o combate ao crime organizado.
“21 de março representa um dia solene de lembrança e compromisso civil para afirmar os valores essenciais para a saúde de nossa comunidade. O empenho cotidiano com a legalidade e a luta contra todas as máfias e as organizações criminosas que geram violência e opressão envolvem todos os cidadãos que desejam viver em uma sociedade coesa e que respeite os direitos”, disse o presidente da Itália, Sergio Mattarella, em uma mensagem.
“A máfia pode ser vencida, depende de nós, e tantos exemplos luminosos confirmam isso”, acrescentou.
Já a premiê Giorgia Meloni afirmou que as máfias são “inimigas declaradas da democracia e uma ofensa à dignidade da nação”. “Por isso, com absoluta determinação e firmeza, reiteramos nossa condenação a qualquer tipo de máfia e nos empenhamos em combatê-la”, salientou.
Segundo a primeira-ministra, “honrar o sacrifício das vítimas” de grupos mafiosos significa “reforçar a justiça, garantir segurança e defender a liberdade de todos os cidadãos”. “A memória delas é e sempre deve ser nosso guia”, disse.
A marcha pelo dia 21 de março é realizada a cada ano em uma cidade diferente na Itália. Em 2025, foi a vez de Trapani, na Sicília, berço da Cosa Nostra, com o slogan “O vento da memória semeia justiça”.
“O melhor modo de relembrar as vítimas é nos empenhando cada vez mais a cada dia, porque a verdadeira memória deve se traduzir em compromisso cotidiano”, declarou o padre Luigi Ciotti, fundador da Libera.
