A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, prometeu uma quantia de mais de 10 milhões de euros para financiar intervenções a favor das minorias cristãs perseguidas ao redor do mundo.
De acordo com a chefe de governo, as ações acontecerão em vários países, mas principalmente na Síria, no Iraque, na Nigéria e no Paquistão.
“É uma realidade para a qual devemos abrir os olhos e agir imediatamente, sem perder mais tempo. A Itália pretende dar o exemplo, a nível europeu e internacional, é uma das nossas muitas missões”, afirmou Meloni em uma mensagem em vídeo durante um evento sobre o tema em Roma.
“A liberdade religiosa não é um direito de Série B, não é uma liberdade que vem depois de outras e que pode até ser esquecida a favor de novas. É profundamente errado pensar que, para acolher o outro, é preciso negar a própria identidade, inclusive a religiosa”, acrescentou.
Em sua participação, a premiê recordou as palavras do papa Francisco sobre os perigos da “perseguição educada”, que permanece “disfarçada através da cultura, da modernidade e do progresso”.
“A liberdade religiosa é um direito natural e precede qualquer formulação jurídica, porque está inscrita no coração do homem. Esse direito, infelizmente, ainda é desrespeitado em várias nações do mundo e, muitas vezes, na quase total indiferença”, lamentou Meloni.
A premiê destacou a necessidade de conhecer dados e números sobre o tema, principalmente para “entender a fundo o cenário” mundial. Meloni mencionou os exemplos de duas jovens cristãs nigerianas que sofreram abusos e violências dos terroristas do Boko Haram.
“Um encontro que não esquecerei e que me deixou grandes lições”, concluiu a chefe de governo..