
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que seu governo está pronto para fazer “tudo o que for necessário” para frear a especulação no setor de energia.
No entanto, em audiência na Câmara dos Deputados, a premiê ressaltou que as únicas ações “verdadeiramente eficazes” só podem chegar da União Europeia. “Mas estamos prontos a intervir se as medidas europeias forem tardias ou ineficazes”, garantiu.
Meloni se pronunciou no Parlamento por ocasião da próxima reunião do Conselho Europeu, que deve se concentrar nos efeitos políticos e econômicos da invasão russa à Ucrânia.
“Estamos prontos a fazer tudo aquilo que for necessário para frear a especulação nos preços da energia. Sob esse ponto de vista, estamos de acordo a respeito do fato de que as únicas ações verdadeiramente eficazes e resolutivas devem chegar da União Europeia”, disse a premiê.
O bloco discute atualmente a criação de um teto para os preços do gás natural, mas as posições dos Estados membros ainda estão distantes. A Itália, desde a gestão de Mario Draghi, lidera a campanha em favor do teto e está insatisfeita com a abordagem cautelosa de Bruxelas.
“Por enquanto, a resposta da Comissão Europeia é insatisfatória e impraticável”, declarou a primeira-ministra. Uma proposta feita pelo Executivo da UE prevê um teto de 275 euros por megawatt-hora, mas desde que os preços na bolsa de Amsterdã ultrapassem essa barreira por duas semanas seguidas.
O valor é considerado alto pela Itália e por outros Estados-membros, que também discutem um plano da República Tcheca que abaixaria o teto para 220 euros/MWh.