
Após uma longa reunião o governo da Itália decidiu receber cerca de 10 dos 49 migrantes que estavam a bordo dos navios das ONGs Sea Watch e Sea Eye.
A Itália acolherá mulheres e menores de idade, mas o número exato de deslocados internacionais que irão ao país ainda é desconhecido, já que o primeiro-ministro Giuseppe Conte prometeu que nenhuma família será separada.
O ministro do Interior e vice-premier Matteo Salvini, responsável pelas políticas migratórias do governo, só cedeu porque igrejas evangélicas aceitaram custear todas as despesas com o acolhimento dos migrantes.
A questão foi discutida durante uma reunião entre Salvini, Conte e o ministro do Trabalho e também vice-premier Luigi Di Maio, após o primeiro ter desautorizado declarações dos dois últimos mostrando abertura para receber deslocados internacionais.
“Encontramos uma solução, e a Europa deverá se encarregar das promessas feitas no passado à Itália e até agora nunca cumpridas”, declarou Salvini. O ministro critica países da União Europeia por não terem respeitado o compromisso de realocar 200 migrantes que desembarcaram no porto de Pozzallo no ano passado.
“Se mantiverem o compromisso sobre os 200 migrantes que prometeram redistribuir, então aceitarei novas chegadas. Do contrário, boa noite”, acrescentou Salvini.
Os 49 migrantes salvos pela Sea Watch e pela Sea Eye estavam bloqueados no Mediterrâneo desde o fim de dezembro e desembarcaram em Malta na última quarta-feira (9), após oito países europeus terem se comprometido a recebê-los: Alemanha, França, Holanda, Irlanda, Luxemburgo, Portugal e Romênia, além da Itália.