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Investigações sobre a vida privada do primeiro-ministro Berlusconi tem baixo impacto na política

As investigações judiciais sobre a vida privada do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que chocaram o país e o mundo, parecem não ter atingido significativamente as intenções de voto em seu partido e nem favorecido a oposição, indicam pesquisas publicadas pela mídia local.

"O 'sexygate' não tira votos da centro-direita" é, por exemplo, a manchete de uma análise publicada no Corriere della Sera por Renato Mannheimer, um dos especialistas mais conhecidos da Itália em termos de pesquisas políticas.

Ele observou que as investigações da Promotoria de Milão, que buscam estabelecer se Berlusconi manteve ou não relações sexuais com a jovem marroquina "Ruby" – que na época era menor de idade, representam "um dos episódios que mais questionaram a credibilidade" do premier. 

Mannheimer afirma que "apesar disso, a distribuição das intenções de voto não sofreu, neste período, nenhuma mudança particularmente relevante". 

Isto significa que o partido de Berlusconi, o Povo da Liberdade (PDL), permanece em primeiro lugar nas intenções de voto, com cerca de 30%, a uma distância confortável da principal força de oposição, o Partido Democrata (PD, centro-esquerda), que oscila entre 24% e 25%. 

O também aliado do PDL na maioria governista, a Liga Norte (autonomista), se manteve entre 10% e 11%.

Estes dados se tornam ainda mais curiosos quando se considera, sempre segundo as citações de Mannheimer, que 49% dos italianos defendem que Berlusconi deveria renunciar, contra 45% que opinam o contrário. (ANSA)

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