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Investigação descobre que havia menor brasileira em festas promovidas por Berlusconi

Os documentos que compõem o processo que investiga o primeiro-ministro da Itália por suposto crime sexual revelam que, além da marroquina Karima el-Mahroug, mais conhecida como Ruby , havia outra menor presente nas festas promovidas por Silvio Berlusconi. Segundo o jornal "El País", a menor foi identificada como a brasileira Iris Berardi, agora com 19 anos, que seria prostituta.

De acordo com a bailarina de dança do ventre Maria Makdoum, que teria estado nas festas, chamadas de "bunga bunga", o homem identificado como "presidente" (que seria Alessandro Nardone, presidente do partido de Beslusconi, Povo da Liberdade), depois de acariciar gêmeas que dançavam para ele, voltou suas atenções para outra convidada. "Então uma brasileira dançava samba de forma 'hard'. O presidente a tocava…", descreveu.

Segundo a promotoria, a brasileira, quando era menor de idade, esteve no dia 21 de novembro de 2009 na mansão de Villa Certosa (na Sardenha), quando Berlusconi estaria na Arábia Saudita. Em 13 de dezembro do mesmo ano, ela passou a noite na suntuosa residência do primeiro-ministro em Arcore (a 20 quilômetros de Milão). Naquele dia, o premier foi agredido no rosto por Massimo Tartaglia, que lançou contra Berlusconi uma estátua do Domo de Milão. Segundo os documentos, ao todo Iris esteve 30 vezes em festas promovidas pelo político direitista.

De acordo com as investigações, ao menos seis brasileiras teriam participado do eventos promovidos por Berlusconi. Elas teriam estado em um encontro que teve, ainda, a presença de Ruby, em abril de 2010.

Segundo Nadia Macri, identificada como " prostituta de luxo", as mulheres jantaram e, em seguida, desceram a outro andar onde havia uma discoteca. Lá, começaram a dançar, beber e tirar suas roupas. Macri conta que Ruby, à época com 17 anos, estava bêbada e ficou nua. As mulheres seguiram para uma piscina coberta, "onde se uniu a nós o primeiro-ministro, que estava nu".

– Ficamos todos juntos, rindo, brincando e nos tocando", detalhou a prostituta. "Por fim, fomos a um quarto com uma cama de massagens. Berlusconi dizia 'venha a próxima, venha a próxima'. E a cada cinco minutos abríamos a porta e consumávamos o ato sexual. Uma por vez – contou a um programa de TV.

Todas as mulheres levadas para as festas eram, segundo a denúncia dos promotores, selecionadas por Nicole Minetti, ex-higienista dental do premier que se tornou conselheira da região de Lombardia, dominada por seus aliados políticos.

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