
A inflação na Itália em agosto atingiu o maior valor desde janeiro de 2013, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat).
Segundo o órgão, o Índice Nacional de Preços de Consumo para a Coletividade (NIC) cresceu 0,4% em agosto na comparação com julho e 2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Um aumento dessa ordem não era visto desde janeiro de 2013, quando a inflação registrou alta de 2,2% na base anual, e foi causado sobretudo pela disparada no preço da energia.
Esse componente teve crescimento de 19,8% na comparação com agosto de 2020, e a situação ainda pode piorar, já que o ministro da Transição Ecológica da Itália, Roberto Cingolani, disse no início da semana que o preço da energia vai subir até 40% no quarto trimestre.
Até o momento, a inflação acumulada em 2021 na Itália é de 1,7%, número elevado para um país que, até alguns anos atrás, convivia com a ameaça de deflação.
“Se em outubro ocorrer o encarecimento da energia, teremos uma onda de aumento dos preços no varejo em todos os setores, com duros efeitos sobre as famílias e consequências depressivas no consumo. O governo deve adotar medidas para evitar mais um golpe no bolso dos italianos”, disse Carlo Rienzi, presidente da Codacons, principal associação de defesa do consumidor no país.