
A inflação no mês de janeiro na Itália foi de 4,8%, no número mais alto registrado para um mês desde abril de 1996, indicam os dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat).
O Índice Nacional de Preços de Consumo para a Coletividade (NIC) ficou 1,6% mais alto do que em dezembro de 2021 e 4,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
O maior aumento veio dos bens energéticos, que tiveram uma elevação de 38,6%, alta nunca registrada no setor, seguida por bens alimentares (2,4% dos manufaturados e 5,4% dos não manufaturados) e de serviços recreativos, culturais e para cuidados pessoais (alta de 3,5%).
O chamado “carrinho de compras” também teve alta, só que de 3,2% em janeiro. Os cuidados de casa e pessoais aumentaram 3,2% e os produtos com alta frequência de compra aumentaram 4,3%.
Esse foi o primeiro levantamento do Istat feito com adição de produtos que se tornaram mais presentes na vida dos italianos por conta da pandemia de Covid-19, como os testes para a detecção da doença, oxímetros e terapias individuais.
Outros itens também foram incluídos porque começaram a fazer parte da vida de muitos italianos a mais por conta da crise sanitária, como cadeiras para uso em escritório, fritadeiras sem óleo, streaming de música e pães com vários tipos de farinhas.
Há vários meses a Itália vem batendo recordes de mais de 10 anos por conta do aumento da inflação, muito impulsionada pela alta no setor de energia com a retomada pós-pandemia.
O aumento no custo do item fundamental fez com que o governo de Mario Draghi aprovasse na Lei de Orçamento de 2022 o parcelamento em até 10 vezes das contas de luz e gás dos meses de janeiro a abril.