O governo da Itália quer proibir a produção e a comercialização de alimentos e rações sintéticas, conforme o rascunho de um decreto que será apresentado ao Conselho de Ministros pelo titular da pasta de Agricultura e Soberania Alimentar, Francesco Lollobrigida.
No texto, que ainda será debatido, estão vetados os produtos para consumo humano ou animal que sejam “constituídos, isolados ou produzidos a partir de culturas celulares ou tecidos derivados de animais vertebrados para o emprego na preparação de alimentos, bebidas ou rações”.
Além da produção e comercialização interna, também será proibido exportar ou importar e distribuir os itens. As sanções para quem desrespeitar as regras variam entre 10 mil e 60 mil euros (cerca de R$ 56,1 mil a R$ 336,6 mil), além do confisco do material.
Desde que assumiu o Executivo, o governo de Giorgia Meloni declarou “guerra” à comida sintética.
O próprio Lollobrigida, em novembro, lançou uma pesquisa formal para investigar os efeitos dos alimentos desse tipo na saúde humana.
Em dezembro, a premiê afirmou que considera os alimentos sintéticos como uma ameaça à tradição agrícola italiana e que seu governo “pretende combater em todas as instâncias a comida artificial”.