A Itália está pronta para disponibilizar suas bases militares, a fim de garantir o cumprimento da resolução do Conselho de Segurança da ONU, disse uma fonte do governo italiano à agência Reuters. O Conselho autorizou uma intervenção militar na Líbia, para “proteger a população civil” dos ataques do ditador Muammar Gaddafi.
A resolução, aprovada por dez votos a favor e cinco abstenções (inclusive do Brasil), cria uma zona de exclusão aérea no país e autoriza bombardeios, mas sem ocupação terrestre de tropas.
A base aérea de Sigonella, na Sicília (sul da Itália), que fornece apoio logístico à Sexta Frota dos Estados Unidos, é uma das bases da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) mais próximas ao país e poderá ser usada em qualquer ação militar.
Já no Reino Unido, o ministro das Relações Exteriores, William Hague, disse que a resolução é vital para se "evitar um maior banho de sangue".
– É necessário tomar medidas para se evitar um maior derramamento de sangue e deter os ataques que estão ocorrendo sobre (…) a população da Líbia.
Segundo ele, a medida é "uma responsabilidade dos membros da ONU e uma responsabilidade à qual o Reino Unido responderá agora".
Espera-se que uma coalizão formada por Reino Unido, França e Estados Unidos lance um ataque iminente sobre as tropas de Gaddafi que ameaçam Benghazi, bastião dos rebeldes.
A União Europeia elogiou a decisão do Conselho e prometeu "colaborar para sua aplicação", segundo comunicado firmado pelo presidente Herman Van Rompuy.
O documento afirma que os países europeus se reunirão na próxima semana para "adotar as medidas necessárias a este respeito".
Canadá envia aviões à Itália
Segundo a versão online do jornal espanhol El País, o governo canadense decidiu enviar seis caças CF-18 Hornet para participar da missão de estabelecer uma zona de exclusão aérea na Líbia. As aeronaves ficarão baseadas em Sigonella.