
O FMI (Fundo Monetário Internacional) apontou que o pacote de austeridade aprovado pelo governo do premier Mario Monti em dezembro permitirá que a Itália alcance um orçamento equilibrado em 2013. As medidas, segundo o diretor do Departamento de Assuntos Fiscais do FMI, Carlo Cottarelli, farão o PIB italiano aumentar 1,25%entre 2012 e 2014.
Cottarelli também elogiou as medidas adotadas por Monti e disse que "a forte correção das contas feitas pelo governo servem agora às reformas estruturais".
"Há três coisas que a Itália deve fazer. A primeira é o ajuste fiscal, que está sendo feito na velocidade certa, com o avanço do superávit primário. A segunda, são as reformas estruturais que a Itália também está fazendo, como mostram as medidas de liberalização propostas pelo premier. A terceira, vai além daquilo que o país pode fazer sozinho, que é a necessidade de uma defesa maior da Europa".
O primeiro-ministro italiano também foi elogiado pelo chanceler francês Alain Juppé, após a reunião dos ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin). "Quero manifestar meu apreço pelo trabalho que o governo italiano está fazendo para consertar o país", disse.
Segundo Juppé, a Itália é "uma economia poderosa que teve alguns problemas de dívida, mas acredito que as medidas do governo Monti são de fato capazes de restabelecer a situação".
Por sua vez, Monti afirmou que "crescimento e emprego" devem tornar-se "cada vez mais o tema central no debate europeu", acrescentando que "a Itália está fazendo a sua parte". O premier italiano já voltou para Roma, após a reunião do Ecofin.