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Francesco Schettino sabia que havia pessoas no Navio Concordia, diz tribunal

A Corte de Apelação de Florença divulgou nesta terça-feira (30) as motivações da sentença que confirmou a pena de 16 anos e um mês de reclusão imposta a Francesco Schettino, capitão do navio Costa Concordia no trágico naufrágio que tirou a vida de 32 pessoas em 2012.   

O veredicto foi dado em junho passado e manteve a decisão da primeira instância de condenar o ex-comandante a 10 anos de cadeia por múltiplas lesões e homicídios culposos, cinco por naufrágio culposo e um por abandono de navio e de incapazes.   

Além disso, Schettino pegou um mês de reclusão por não ter informado corretamente a Capitania dos Portos sobre o acidente.   

Segundo a Corte de Apelação de Florença, o ex-capitão, quando saltou sobre uma lancha para escapar, sabia que muitas pessoas ainda estavam no lado esquerdo do transatlântico – o que afundava. A decisão de deixar o navio motivou o apelido de "capitão covarde".   

Além disso, o tribunal disse que Schettino não tinha intenção de seguir a rota pré-definida, mas sim navegar "de acordo com seu instinto". O Costa Concordia naufragou após se chocar contra as rochas da ilha de Giglio, no litoral da Toscana, onde ficou encalhado por mais de dois anos, até ser rebocado para o Porto de Gênova.   

A Corte de Apelação também declarou que o então comandante demorou a dar o sinal de emergência, o que atrasou a evacuação do navio e agravou a tragédia. "Qualquer tergiversação do imputado foi absolutamente nefasta, fruto da mera ilusão de poder salvar o Costa Concordia", diz a sentença.   

O naufrágio ocorreu às 21h45 do dia 13 de janeiro de 2012, enquanto o transatlântico fazia a rota entre Civitavecchia e Savona. Cerca de 4,2 mil pessoas foram resgatadas, mas 32 acabaram morrendo – dois corpos só foram achados quando o navio começou a ser rebocado. (Ansa)

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