Foi preso no Panamá o ex-chefe da seção da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) norte-americana em Milão Robert Lady, acusado de envolvimento no sequestro do clérigo muçulmano Abu Omar.
Em setembro de 2012 Lady foi condenado pela Justiça italiana em última instância a mais de a nove anos de prisão, junto com outros 22 membros da CIA, condenados a 7 anos de prisão, por ter participado do sequestro de Omar, uma das "capturas extraordinárias" promovidas pelos Estados Unidos Em dezembro, a ex-ministra da Justiça italiana Paola Severino tinha aumentado os esforços a nível internacional para deter Lady, e o Ministério Público de Milão tinha pedido que também os outros condenados fossem procurados. O egípcio Osama Moustafa Hassan Nasr, conhecido como Abu Omar, foi sequestrado no dia 17 de fevereiro de 2003 quando saía de sua casa em Milão. O imã foi então levado à base americana de Aviano, transportado para a Alemanha e depois para os arredores do Cairo, no Egito, onde ele afirma ter sido torturado.
Abu Omar vinha sendo vigiado pela Itália por supostamente pregar a violência em seus sermões e recrutar integralistas para enviá-los ao Iraque antes da invasão americana, em 2003. Mantido preso por quatro anos sem acusações formais, foi solto no começo de 2007.