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Fiat pode adquirir parte da Chrysler em parceria estratégica

A montadora italiana Fiat está negociando com a americana Chrysler a formação de uma parceria estratégica, afirmou nesta segunda-feira a revista especializada Automotive News Europe.

"A Fiat está negociando com a Chrysler para formar uma parceria estratégica, na qual a Fiat poderia adquirir uma participação da montadora americana, que passa por dificuldades", disse a revista em seu site, citando fontes envolvidas nas negociações.

"Este pacto ajudaria a Chrysler a acelerar e reforçar seu plano de recuperação", afirmou. Questionada pela agência France Presse, a Fiat não quis fazer comentários.

Uma porta-voz da Chrysler, Lori McTavish, explicou por e-mail que "no contexto econômico atual, as companhias de todos os setores estudam parcerias, e nossa indústria não é diferente". No entanto, McTavish se recusou a ser mais específica, alegando que a montadora não costuma comentar suas reuniões de negócios.

De acordo com a Automotive News Europe, "a Fiat poderia dar à Chrysler acesso a seus chassis, seus motores e seus sistemas de transmissão" de veículos de pequena e média categoria, para que a Chrysler possa "rapidamente elaborar uma nova e completa série de veículos com tração dianteira e emissão reduzida" de dióxido de carbono.

Em troca, "a Fiat receberia dinheiro, ou uma participação" na Chrysler, acrescentou a revista, geralmente bem informada sobre os movimentos do setor.

Segundo a Automotive News Europe, a parceria também permitiria à Fiat ter acesso às fábricas e à rede de distribuição da Chrysler na América do Norte, para poder produzir e vender diretamente sua marca Alfa Romeo e o carro-chefe da companhia, a Fiat 500.

Devido à crise, a Fiat adiou para 2011 o retorno da Alfa Romeo aos Estados Unidos.

"A Chrysler, por sua vez, poderia ter acesso à rede de distribuição da Fiat na Europa e na América Latina", segundo a revista.

Sergio Marchione, o diretor executivo da Fiat, explicara no início de dezembro que a única solução para enfrentar a crise, tanto para sua empresa como para as demais montadoras, era formar parcerias.

A Chrysler recebeu recentemente do governo americano uma ajuda de quatro bilhões de dólares.

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