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Festival de Cinema Brasileiro em Milão premia filme em talian

Os filmes “Até que a música pare”, de Cristiane Oliveira, como longa-metragem de ficção, e “A queda do céu”, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, na categoria documentário, conquistaram os principais prêmios da 11 edição do Agenda Brasil, festival de cinema brasileiro encerrado em outubro, em Milão, na Itália.

Coprodução entre os dois países, “Até que a música pare” é parcialmente falado em talian, língua formada pela mistura do português com as dialetos de imigrantes italianos (principalmente do Vêneto) que se estabeleceram no Brasil no final do século 19.

Já “A queda do céu” é fruto de uma cooperação entre Brasil-Itália-França e se baseia no livro homônimo, resultado de 30 anos de trabalho do xamã Davi Kopenawa Yanomami, uma das principais lideranças indígenas do mundo, e do antropólogo francês Bruce Albert.

Falado principalmente na língua yanomami, o filme propõe uma reflexão franca sobre o modelo de predação generalizada dos povos e do planeta.

O júri especializado do festival atribuiu ainda cinco menções especiais às produções “O Mensageiro”, de Lucia Murat, e “Mais pesado é o céu”, de Petrus Cariry, como ficção, e “Otelo, o Grande”, de Lucas H. Rossi, “Nada será como antes”, de Ana Rieper, e “Chic Show”, de Emílio Domingos e Felipe Giuntini, no gênero documentário.

Além disso, “O barulho da noite”, de Eva Pereira, e “De longe toda serra é azul”, de Neto Borges, foram eleitos como os melhores longa-metragem de ficção e documentário pelo júri popular.

Segundo comunicado oficial do evento, mais de 1,5 mil pessoas assistiram às sessões, todas gratuitas.

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