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FABIO BOTTO FARHAN: Mario Monti é convocado para formar novo governo na Itália

O economista Mario Monti foi escolhido neste último domingo (13) pelo presidente da Itália Giorgio Napolitano para formar o novo governo do país, após a renúncia de Silvio Berlusconi ao cargo de primeiro-ministro neste sábado (12).

Monti recebeu a missão de montar uma administração tecnocrata para salvar o país de uma grave crise econômica. Até ser convocado, o economista chefiava a prestigiada Universidade Bocconi, em Milão.

Durante discurso, Monti afirmou que a Itália pode vencer a crise se houver "um esforço coletivo". Para o economista, o país deve ser um elemento de "força" para a Europa.

Preferido dos mercados, Monti deve indicar um grupo pequeno de especialistas para tirar a Itália da crise. Com 68 anos, o ex-professor de economia escreveu recentemente um relatório sobre o futuro do mercado único europeu. Seu nome recebeu apoio inclusive do partido de Berlusconi, a legenda de centro-direita PDL.

A decisão veio após uma série de consultas formais de Napolitano a lideranças do país neste domingo para definir o nome ideal para o cargo. Após o diálogo, o economista Mario Monti foi convocado pelo presidente para uma reunião no palácio presidencial do Quirinal, em Roma.

"Ato generoso"

Em discurso transmitido pelos órgãos de mídia italianos nesta tarde, Silvio Berlusconi afirmou que seu deixou o posto como um "ato de generosidade" pela Itália. Ligado ao poder da nação durante 17 anos, o membro do partido de centro-direita PDL teve três mandatos como prêmie, mas não chegou a terminar o último.

Berlusconi afirmou estar "orgulhoso" de seu trabalho pelo país e destacou seu papel ao enfrentar uma "crise internacional sem precedentes na história".

O Parlamento italiano havia aprovado o pacote econômico de medidas de austeridade que abriu caminho para a saída do político italiano do governo e para a formação de um governo de emergência.

Berlusconi disse no início da semana que deixaria o cargo de premiê após ficar claro que não possuía mais o apoio da maioria. Em reunião neste sábado no Gabinete, reunido com os outros ministros do país, o premiê confirmou a decisão.

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