O ex-ministro da Defesa do Brasil Nelson Jobim se defendeu das acusações do suposto recebimento de comissões ilegais na mediação da venda de 11 embarcações italianas ao governo brasileiro, o nome do ex-ministro foi citado durante as investigações realizadas na Itália.
Jobim é acusado de ter recebido uma comissão por ter facilitado a negociação entre a empresa italiana Finmeccanica e o governo brasileiro, a comissão seria de 11% dos 5 bilhões de euros.
"Nunca chegamos a falar de um tema como esse que na Itália definiram de 'comissão', o projeto ProSuper, que previa a aquisição por parte da Marinha brasileira de uma fragata com a transferência de tecnologia, além de navios de logística e transporte de combustível, foi cancelado", explicou o ex-ministro, em entrevista ao jornal italiano La Stampa.
"Você acha que se tivesse recebido algo como 225 milhões de euros, eu passaria meus dias entre papeladas e tribunais?", questionou Jobim, que voltou a exercer a profissão de advogado.
A única certeza é que não foi assinado "nenhum acordo com a Itália sobre fragatas e que sobre a 'comissão' nunca se falou nada da nossa parte", completou Jobim.
Sobre o suposto envolvimento do ex-ministro brasileiro com o ex-ministro italiano Claudio Scajola, Jobim admitiu ter encontrado "duas" vezes com Scajola, e sabia que ele "passeava pelo Rio procurando empreendedores brasileiro nos negócios das fragatas antes que tudo naufragasse".