
Uma professora de uma escola católica de jardim de infância do norte da Itália foi suspensa do cargo após a descoberta de que ela mantém um perfil na plataforma de conteúdo adulto OnlyFans.
Elena Maraga, de 29 anos, trabalha desde os 24 em um colégio de pré-escola na província de Treviso, porém foi reconhecida na internet pela mãe de um aluno, que logo alertou outros pais em grupos de Facebook e WhatsApp.
Alguns tentaram defender a professora, alegando que sua atividade no OnlyFans não influencia seu trabalho como educadora, mas a escola decidiu suspendê-la, acusando-a de praticar uma conduta que não está em linha com o caráter religioso da instituição.
Em entrevistas à imprensa local, a docente contou que é formada em ciências da educação, mora com os pais e sempre quis atuar no ensino infantil. Também fisiculturista, ela decidiu se inscrever no OnlyFans por curiosidade e para obter uma renda extra, mas logo descobriu que era possível ganhar seu salário de cerca de 1,3 mil euros (R$ 8 mil) por mês como professora em apenas poucos dias.
“Não faço mal a ninguém e, na esfera privada, cada um faz o que quiser”, disse ela ao jornal Il Messaggero, acrescentando que é justo cobrar para que outras pessoas possam ver seu corpo. Com a repercussão do caso, o perfil da professora no Instagram saltou de cerca de 6 mil para quase 18 mil seguidores em poucos dias.
Maraga arrisca a demissão, embora a Confederação-Geral Italiana do Trabalho (Cgil), principal sindicato do país, tenha dito que não há nenhuma lei que justifique mandá-la embora.
“Na falta de um código de ética feito pela escola e assinado pela interessada no momento da contratação, não há objeções a serem feitas contra a trabalhadora”, disse Alvise Sponza, secretário do braço de trabalhadores da educação no diretório de Treviso da Cgil.