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Em carta, Suplicy sugere ir à Itália para esclarecer sobre refúgio a Battisti

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) enviou carta à embaixada da Itália no Brasil colocando-se à disposição para ir à Itália para prestar esclarecimentos sobre a decisão do governo brasileiro de conceder refúgio político ao ex-ativista italiano Cesare Battisti. 

 

Na carta, endereçada ao embaixador da Itália no Brasil, Michele Valensise, Suplicy sugere um encontro com o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, para “expor às autoridades as razões que fundamentaram a decisão do governo brasileiro”.

 

O refúgio político concedido a Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália sob acusação de ter cometido quatro homicídios quando integrava a PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), provocou reações adversas do presidente italiano, Giorgio Napolitano, e do Parlamento do país.

 

“Como Senador de origem italiana, bisneto de Francesco Matarazzo e neto de Andréa Matarazzo, que vieram para o Brasil em 1881, e representante, pela terceira vez, no Senado, do povo São Paulo, estado com a maior colônia de imigrantes italianos no Brasil, considero importante que a relação entre os países não seja afetada”, diz o texto.

Suplicy sugere ainda que a historiadora Fred Vargas, que estudou a vida de Cesare Battisti, participe do encontro, já que, segundo o senador, ela “recolheu informações suficientes que possibilitaram concluir que ele não cometeu os quatro assassinatos pelos quais foi acusado”.

“Tenho a certeza de que a Itália vai respeitar a decisão do governo brasileiro da mesma maneira que respeitou a decisão do governo francês, quando da concessão de asilo, no ano passado, à Marina Petrella, ex-membro das Brigadas Vermelhas”, diz Suplicy, que está em viagem a Cuba até o próximo dia 25.

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