
O primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi divulgou uma audiomensagem aos membros de seu partido, o Povo da Liberdade (PDL).
Berlusconi recordou os feitos dos dois últimos anos no poder, além de pedir o apoio dos parlamentares ao seu programa de governo.
"Os cinco pontos [do programa de governo] que o PDL e o governo pretendem levar às duas Câmaras [dos Deputados e Senado] em setembro confirmam todo o programa aprovado pelos eleitores. São a continuação concreta de uma política vinculada aos fatos", diz o premier na mensagem destinada aos chamados Promotores da Liberdade, ala interna do PDL.
Os pontos se referem à Justiça, ao fisco, ao federalismo econômico, às políticas para o sul do país e à segurança, e seriam essenciais para dar continuidade à administração, que termina em 2013, data das próximas eleições previstas no calendário.
No caso do programa não ser aprovado, a Itália deverá convocar os eleitores às urnas. Diante da possibilidade de antecipar as votações, o chefe de Governo pede aos italianos que "votem sabendo com antecedência qual será o premier de sua preferência, qual será a aliança das forças que vão constituir o governo e saibam, sobretudo, qual será o programa do início ao fim do mandato".
O premier diz ainda que sua gestão cumpriu as promessas eleitorais. "Já dissemos o que o governo fez nestes dois anos, a partir das grandes emergências", afirma na mensagem.
A cisão recente com o então aliado Gianfranco Fini, presidente da Câmara, retirado em julho passado do PDL – legenda que ajudou a fundar em 2009 -, fez com que o governo entrasse em crise.
Fini acabou formando um novo grupo, Futuro e Liberdade para a Itália (FLI), composto por dissidentes do PDL, e poderia ainda anunciar a criação de um novo partido, segundo especula a mídia local.
Com a saída dele e de seus aliados do partido governista, Berlusconi perdeu a maioria absoluta no Parlamento. No entanto, em uma reunião, o líder da Liga Norte, Umberto Bossi, reiterou seu apoio ao chefe de Governo, o que deu novas forças ao Cavaliere [como Berlusconi é chamado no país]. (ANSA)