Um engenheiro italiano de 54 anos não embarcou, por acaso, no Airbus A330 da companhia aérea Air France, que desapareceu na madrugada do última segunda-feira durante um voo do Rio de Janeiro a Paris.
Cláudio Freddi, que trabalha no setor petroleiro, comprou uma passagem para o voo AF 447 com intenção de retornar à Itália, após prestar serviços no Brasil.
Segundo sua esposa, Nerina Bianchetti, Freddi ficou no país devido a contratempos de trabalho. "Seu nome estava na lista de passageiros, mas ele não embarcou naquele avião", ressaltou a mulher.
O engenheiro e sua família, composta ainda por dois filhos, Giacomo e Andrea, vivem na cidade de Osimo, província de Ancona. No entanto, Freddi viaja muito ao exterior a trabalho.
Na manhã da última segunda-feira, Nerina e os filhos ficaram angustiados quando começou a ser noticiado o desaparecimento da aeronave. A família só ficou tranquila após o engenheiro telefonar para contar que não tinha embarcado.
"Meus colegas da Itália que sabiam que ia pegar aquele avião me ligaram, mas fique tranquila, não pude embarcar porque tive problemas no trabalho. Diga às crianças que estou bem", afirmou Freddi na conversa, de acordo com a esposa.
O italiano deve viajar amanhã, com a mesma companhia aérea, para Paris.
O Ministério das Relações Exteriores da Itália anunciou ontem que há dez cidadãos do país a bordo da aeronave, que leva 216 passageiros e 12 tripulantes. A chegada do Airbus A330 ao aeroporto Roissy – Charles de Gaulle da capital francesa estava prevista para as 11h10 locais (6h10 de Brasília) de segunda-feira.
Há pouco, a Aeronáutica brasileira informou ter encontrado objetos metálicos e não-metálicos no Oceano Atlântico na rota de voo do Airbus, mas ainda não foi confirmado que sejam partes do avião.
