A política italiana ecoou o destaque dado pela imprensa internacional às justificativas exóticas dos deputados brasileiros para votarem "sim" pelo afastamento da presidente da República, marcadas pelo fundamentalismo religioso e por menções a familiares e quase sempre ignorando a acusação de crime de responsabilidade contra a petista.
"As imagens que chegam de Brasília, tanto das ruas como do plenário do Parlamento, não fazem outra coisa que não criar profunda preocupação pelo futuro do Brasil. O gigante sul-americano está vivendo um momento difícil pela recessão econômica, à qual se acrescenta uma crise política sem precedentes, filha dos escândalos e da falta de reformas", declarou Sereni.
Membro do centro-esquerdista Partido Democrático (PD), o mesmo do primeiro-ministro Matteo Renzi, ela é vice-presidente da Câmara desde 2013 e coordena a comissão de colaboração entre Itália e Brasil. A deputada também afirmou que o quadro no país latino-americano é "terrivelmente incerto", mas exprimiu sua "confiança na democracia". (Fonte: Ansa)