O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, fez um apelo na cúpula do G20 para que as reformas no setor financeiro se reflitam na "realidade do cotidiano" para combater a crescente desconfiança dos cidadãos em relação ao poder econômico.
O encontro entre as 19 principais economias do mundo mais a União Europeia aconteceu na cidade chinesa de Hangzhou e se encerrou com um pacto em defesa do crescimento global por meio de um modelo "inovador, inclusivo e conectado", nas palavras do presidente da China, Xi Jinping.
"É importante que as reformas caiam na realidade cotidiana das pessoas", afirmou Renzi durante sua intervenção na cúpula do G20. O primeiro-ministro ainda convidou o mundo a "fazer mais" para promover a energia limpa e as "finanças verdes". "A Itália tem um papel de liderança, é a primeiro no mundo em energia solar e geotérmica e tem 43% de energia renovável", ressaltou.
Antes de embarcar para Roma, ele abriu espaço na agenda econômica para discutir imigração em um encontro a portas fechadas com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e os presidentes da França, François Hollande, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
Atualmente, Ancara e Bruxelas mantêm um acordo para combater a maior crise migratória desde o fim da Segunda Guerra Mundial e diminuir o número de pessoas que se arriscam na travessia do mar Egeu, entre o litoral turco e a Grécia. Contudo, as relações entre os dois lados estremeceram nas últimas semanas por conta da reação de Erdogan à tentativa de golpe de Estado de julho passado.
Economia – A cúpula do G20 em Hangzhou terminou com as promessas de estimular um "crescimento inclusivo, sólido e sustentável" e de aumentar os níveis de ocupação. Além disso, o comunicado final da reunião pede para os países aprofundarem os laços entre "reformas estruturais, comércio, investimentos e PIB". (Ansa)