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Cúmplices acusam “louva-a-deus” brasileira de matar ex na Itália

Mais dois cúmplices de Adilma Pereira Carneiro acusam a brasileira de ser a idealizadora do homicídio de Fabio Ravasio, morto em agosto passado em Parabiago, Lombardia, norte da Itália.

No depoimento dado ao tribunal de Busto Arsizio, tanto Fabio Oliva quanto Mirko Piazza afirmaram que a “louva-a-deus de Parabiago” convenceu todos os sete supostos cúmplices a atropelar e matar o homem, ex-namorado da acusada, de modo que o assassinato simulasse um acidente de trânsito.

Segundo o promotor do caso, Ciro Caramore, Oliva, que é mecânico de profissão, teria feito reparos no carro usado no crime, informação que foi confirmada hoje pelo suspeito.

“Me pediram para arrumar o carro após um acidente anterior. Eu não sabia nada sobre o plano para matar Ravasio. Naquele momento, compreendi: me disseram que o carro servia para matá-lo. Não acreditei naquilo”, declarou Oliva, que trocou a bateria do veículo e um farol “a pedido da própria Adilma”.

De acordo com o suposto cúmplice, na noite de 9 de agosto de 2024, data do crime, ele teria recebido um telefonema de Massimo Ferretti, ex-amante da brasileira que também é investigado por participação no homicídio. Este teria dito que “Ravasio estava em situação crítica no hospital de Niguarda” e que Oliva deveria “consertar o carro mais uma vez”.

Ao compreender o que tinha acontecido, o mecânico, após se negar a receber o veículo, teria viajado, sendo preso com outros dois suspeitos três semanas após o falecimento da vítima.

Durante o interrogatório naquela ocasião, ele afirmou que “não sabia de nada”. “Menti ao Ministério Público e peço desculpas por isso. Eu errei e assumo minha responsabilidade. Também quero pedir perdão aos pais de Ravasio”, disse Oliva em seu novo depoimento.

Já Piazza afirmou no tribunal nesta segunda que a “louva-a-deus” queria a morte de seu então namorado. “Adilma me disse que queria matar Ravasio. Me disse que precisava simular um acidente. Certo dia, me chamou a sua casa para detalhar o plano”, contou Piazza.

Segundo o acusado, ele “deveria ter ficado de vigia para saber quando Ravasio apareceria de bicicleta na rua onde foi encenado o falso acidente”.

Além de Oliva e Piazza, outro suposto cúmplice de Adilma no mesmo crime e também seu amante, Massimo Ferretti, já acusou a brasileira em juízo de ser a idealizadora do crime. Também são investigados por participação no assassinato de Ravasio Marcello Trifone, atual marido da brasileira; o filho da acusada, Igor Benedito; Fabio Lavezzo e Mohamed Daibi.

Segundo as investigações, no carro estavam todos os réus, com exceção de Piazza, que avisou o motorista sobre a aproximação de Ravasio, e de Daibi, que se jogou no chão para fingir um mal-estar, atrapalhar o trânsito e facilitar a fuga do veículo dirigido por Benedito.

De acordo com o MP, a mulher, que teria planejado o assassinato durante meses, queria ficar com o patrimônio de seu namorado, avaliado em cerca de 3 milhões de euros, entre propriedades e um comércio na cidade de Magenta, também na região da Lombardia. Ela alega inocência.

Enquanto Adilma e seus cúmplices são julgados pelo caso de Parabiago, a Justiça italiana reabriu a investigação sobre a morte de um ex-marido da brasileira, Michele Della Malva, em dezembro de 2011.

Para o MP, o falecimento do homem, inicialmente atribuído a um infarto, pode ter sido provocado por envenenamento a mando da “louva-a-deus”. O crime teria sido executado pelo ex-amante dela e ex-cunhado da vítima, Maurizio Massè, que também está preso.

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