
Oito em cada 10 italianos (83%) já cortaram gastos e despesas correntes no ano passado em decorrência da crise econômica que atinge o país, revela uma pesquisa.
De acordo com um levantamento da Confesercent-SWG (entidade que representa o empresariado italiano), a maior parte dos cortes se refere aos setores de roupas e calçados, viagens de férias e compras para a casa. Segundo o estudo, só 5% dos entrevistados aumentaram seus gastos no último ano.
A pesquisa também revela que só 62% das pessoas que moram na Itália conseguem pagar suas despesas com o salário que recebem. Quase um quarto – ou 28% dos entrevistados, atestaram que só conseguem pagar as despesas até a terceira semana do mês, enquanto outros 10% conseguem cobrir seus gastos até a segunda semana.
A situação econômica do país é considerada péssima por 48% da população italiana, contra 33% de 2010.
O pessimismo domina 36% dos entrevistados, que acreditam que as condições de sua família vão piorar ao longo deste ano. No ano passado, os pessimistas em relação ao futuro eram 18%.
Os pacotes de austeridade e anúncios do governo, que assumiu em novembro de 2011 após um agravamento do cenário econômico, não parecem animar a população italiana. Para 47% dos entrevistados, não haverá mudanças em 2012, sejam elas positivas ou negativas.
Já aqueles que se declaram confiantes em uma melhora representam 17% da amostra pesquisada. Em 2010, 24% dos entrevistados expressavam confiança na economia.