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“Contrato de submissão”: O policial julgado por morte de colega na Itália

O homicídio de uma policial na Itália jogou luz sobre um suposto caso de submissão sexual, incluindo um “contrato” para práticas de sadomasoquismo, envolvendo um ex-comandante acusado pela morte da vítima.

Sofia Stefani, 33, trabalhava na Guarda Municipal de Sala Bolognese, na região da Emilia-Romagna, e foi morta com um tiro na cabeça em maio de 2024, assassinato que o MP atribui a Giampiero Gualandi, ex-comandante policial na vizinha Anzola dell’Emilia.

O crime ocorreu na sala de Gualandi em uma delegacia em Anzola, mas ele alega que o disparo foi feito de forma acidental durante uma discussão entre os dois. Durante a investigação, o ex-comandante, que é casado, admitiu que tinha um caso com Stefani, mas disse que queria encerrar a relação, algo que a vítima se recusaria a aceitar.

No entanto a procuradora adjunta Lucia Russo revelou, durante audiência do julgamento de Gualandi por homicídio doloso, que ele e Stefani haviam assinado um “contrato de submissão sexual” em 18 de maio de 2023, um ano antes do crime.

Nesse documento, Gualandi se autodefinia como “mestre” e “alguém que podia fazer tudo com sua escrava”. “Eu, senhor e mestre, me comprometo a dominar a alma da minha submissa”, diz um trecho do arquivo.

A defesa do policial, contudo, afirma que o “contrato” é proveniente do livro “Cinquenta Tons de Cinza” e está disponível para download em sites de conteúdo sadomasoquista. “Era uma brincadeira, não tinha nenhuma validade nem eficácia jurídica. Na vida sexual, os adultos podem fazer o que quiser”, disse o advogado de Gualandi, Claudio Benenati.

Já para a acusação, o contrato ajuda a mostrar que os dois mantinham uma relação “conturbada” e fortemente desequilibrada devido à idade e à vulnerabilidade da vítima.

“Na fase que precede o homicídio, Gualandi assume comportamentos absolutamente duplos, mandando para Stefani mensagens que confirmavam a relação afetiva e sexual, enquanto dizia à esposa que estava sendo atormentado por Stefani”, afirmou Russo, acrescentando que o policial era “prisioneiro de um castelo de mentiras construído por ele próprio”.

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