O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, discursou na Câmara dos Deputados e pediu “coesão nacional” para enfrentar o pós-quarentena no país, mas parte da oposição abandonou o plenário durante ou depois de seu pronunciamento.
Conte foi ao Parlamento para a tradicional informativa antes da reunião do Conselho Europeu, que acontecerá por videoconferência na próxima sexta (19), quando os Estados-membros da União Europeia discutirão a criação de um fundo de 750 bilhões de euros para socorrer países em crise por conta da pandemia.
“Estão em jogo a reputação e um melhor futuro para a Europa e seus Estados-membros. É o momento de agir com espírito de plena coesão também no plano nacional para que a Itália não sofra o duplo prejuízo de perder o desafio europeu e aquele, talvez mais difícil, de reformar algumas criticidades”, declarou.
O primeiro-ministro também disse desejar que esse espírito “caracterize o debate político italiano nesta fase crucial”. O pronunciamento, no entanto, foi boicotado pelo partido de extrema direita
Irmãos da Itália (FdI), de Giorgia Meloni, enquanto a ultranacionalista Liga, de Matteo Salvini, abandonou o plenário logo após o discurso de Conte.
A oposição também não participa da Assembleia dos Estados-Gerais que acontece em Roma, por iniciativa do governo, para discutir maneiras de estimular a economia no pós-quarentena. O primeiro-ministro Conte já defendeu a aprovação de reformas “ambiciosas” para reduzir a carga tributária, incentivar a transição ecológica e aumentar a inclusão social e de gênero.
“Devemos reacelerar a economia a partir de um projeto ambicioso de reformas para dar um futuro melhor ao país”, disse o premiê nesta quarta, garantindo que o governo está “coeso” em torno desse projeto.
