
O cônsul honorário da Itália no Haiti, Mimmo Porpiglia, afirmou que as vítimas do terremoto que atingiu o país caribenho na tarde desta última terça-feira precisam receber doações de remédios e alimentos.
Segundo Porpiglia, que também é diretor do jornal La Gente d'Italia, neste momento dinheiro não é de grande ajuda para os haitianos. Em conversa telefônica ele contou que a capital Porto Príncipe vive uma situação "alucinante, surreal".
"Há ainda uma camada branca pelas ruas de pó e lixo por toda parte. Sou jornalista há 40 anos, mas nunca vi algo do gênero. Fala-se de dezenas de milhares de mortos", relatou o cônsul italiano.
O abalo sísmico de 7 graus na escala Richter teve seu epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe. O tremor aconteceu ontem, às 16h53 locais (19h53 em Brasília). Até o momento não há informações oficiais sobre feridos ou mortos.
Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, contudo, o número de pessoas afetadas pode chegar a 3 milhões. O Haiti é o país mais pobre do Hemisfério Ocidental, seus habitantes têm renda per capita de R$ 1.300.
Porpiglia está em Miami e disse que viajará ao Haiti o mais rápido possível. Ele mantém contato com a população local, que diz estar vivendo uma situação de "caos total".
Segundo o cônsul, não se vê pelas ruas o trabalho do Exército e da polícia. "Podem se matar até por uma banana", diz.