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CONSTRUÇÃO DE BARREIRA: Premier italiano, Matteo Renzi, ataca Viena e aumenta tensão com a Áustria

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, aumentou o tom contra o governo austríaco por causa da construção de uma barreira contra imigrantes na fronteira com a Itália e disse que seu país "não sofre uma invasão" para que uma medida extrema seja tomada.

"Há um problema que atinge o nosso país, mas não há uma invasão em curso. Estão ocorrendo iniciativas, mas não estamos vivendo em uma invasão", disse o premier.

A afirmação de Renzi tem a ver com a polêmica que está ocorrendo durante as duas últimas semanas por ministros austríacos, que ameaçaram "fechar a fronteira" no ponto de passagem de Brennero para evitar um fluxo intenso de estrangeiros ilegais.

Além disso, Viena ordenou a construção de uma barreira na região – e também na Hungria – para controlar a passagem de imigrantes porque, conforme seus cálculos, com o fechamento da rota imigratória na Grécia, haverá o dobro de estrangeiros entrando na Europa pela Itália.

Para o líder italiano, se a Áustria violar as regras "nós faremos nos ouvir". "Aos amigos austríacos, digo que Brennero não é apenas um túnel para ligar os nossos países. Brennero é um lugar de trabalho para muitas empresas, é um símbolo, e não fingiremos que não vimos se alguém violar as regras. Brennero não pode virar objeto de competição", ressaltou.

Sobre os números de deslocados, Renzi disse que eles são "apenas um pouco mais altos do que registramos no ano passado".

Segundo o premier, sua postura não é para "minimizar" os problemas da crise imigratória, mas sim enviar "uma mensagem de seriedade".

"É um grande problema [a imigração] e temos ideias claras de como enfrentá-lo. A União Europeia precisa se fazer portadora de uma estratégia para ajudar os países africanos e bloquear as viagens de morte", destacou.

A postura austríaca tem gerado críticas também da União Europeia, que informou que, se confirmada, a medida viola as normas do Tratado de Schengen (de livre circulação de pessoas) e coloca em risco todo o bloco econômico. (Fonte: Ansa)  

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