A comissão de autorizações judiciais da Câmara dos Deputados italiana suspendeu a discussão sobre o mandato de busca apresentado pelo Ministério Público de Milão no âmbito da investigação sobre Silvio Berlusconi, enquanto os observadores apontam que é provável que o pedido seja rejeitado.
"Deve se formalizar a nova posição assumida pelo relator do informe da maioria governista", disse o presidente da comissão, Pierluigi Castagnetti, do opositor Partido Democrata (PD, centro-esquerda).
Este relator – Antonio Leone, do governista Povo da Liberdade, PDL – adiantou que em seu novo relatório pedirá a devolução dos novos documentos enviados à Procuradoria de Milão, uma vez que o assunto é da competência do tribunal de ministros.
Berlusconi é acusado de extorsão pela sua intervenção direta na delegacia de Milão a favor da libertação da jovem marroquina conhecida como Ruby (que na época foi presa por roubo) e que segundo suspeitas dos procuradores teria mantido relações sexuais com o premier quando ainda era menor de idade.
"O ato parece de natureza ministerial, como se deduz do fato que o telefonema de Berlusconi à delegacia é atribuído ao seu cargo de chefe de governo", evidencia Leone.