
Em uma tentativa desesperada de superar a crise e fazer com que o país volte a crescer, as principais associações de empresas, lojas e bancos, além dos sindicatos mais representativos, apresentaram um programa conjunto que o próprio governo de Silvio Berlusconi definiu "muito importante". "Para evitar que a situação italiana se torne insustentável, é preciso criar imediatamente no país as condições que devolvam a normalidade aos mercados financeiros, com a recuperação imediata da nossa credibilidade entre os investidores", diz o documento. O programa foi assinado por Confindustria, a principal patronal italiana, dois dos três maiores sindicatos do país (CGIL e CISL), a Associação de Bancos Italianos (ABI) e as confederações de agricultores, comerciantes e artesãos.
A decisão de assumir uma posição comum, explica o texto, surgiu da "preocupação com a evolução dos mercados financeiros", que aparentemente "não parecem reconhecer a solidez dos dados econômicos fundamentais da Itália".
Os protagonistas da economia italiana dizem estar "cientes de que a fase que estamos atravessando depende só em parte das condições de fundo da economia italiana, e está mais associada a um problema europeu de fragilidade dos países periféricos, ao que se somam os problemas de orçamento nos Estados Unidos".