
A juíza Cristina Di Censo ratificou a manutenção da prisão cautelar contra o italiano Massimo Tartaglia, que agrediu o premier Silvio Berlusconi no último domingo, atendendo ao pedido da Procuradoria da República de Milão.
Para tomar a decisão, a juíza disse ter avaliado o andamento das investigações e afirmou que permitir que Tartaglia fosse solto poderia prejudicar as provas, além disso, ele corre risco de reincidência. O italiano responde a processo por crime de lesão corporal qualificada.
Di Censo também negou o pedido da defesa, de transferir Tartaglia temporariamente a um hospital psiquiátrico. Por outro lado, determinou que ele deverá permanecer com acompanhamentos psiquiátrico e visual contínuos.
Tartaglia foi detido no domingo, logo após ter lançado uma estatueta de ferro contra o rosto de Berlusconi. Ao ser interrogado, ele afirmou ter agido sozinho e reiterou não ser um assassino.
Detido no centro neuropsiquiátrico de observação do presídio de San Vittore, em Milão, ele também enviou na segunda-feira uma carta ao primeiro-ministro, na qual lhe pedia desculpas.
Berlusconi, por sua vez, continua internado no hospital San Raffaele, onde está em observação desde o domingo. Ele sofreu fraturas no septo nasal e em dois dentes e teve ferimentos no lábio superior.