
O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, demitiu o executivo Domenico Arcuri do cargo de coordenador das ações do governo contra a pandemia do novo coronavírus.
Ex-CEO da Invitalia, agência italiana de atração de investimentos, Arcuri havia sido convidado pelo ex-premiê Giuseppe Conte para exercer a função de “comissário extraordinário para implantação das medidas sanitárias” contra a Covid-19 em março de 2020, ainda no início da crise.
No entanto, seu desempenho era criticado pelos partidos que faziam oposição a Conte e que agora integram o governo Draghi, especialmente pela lentidão na compra e distribuição de máscaras, equipamentos de proteção e vacinas e pela concentração de poderes em suas mãos.
A manutenção de Arcuri por Conte também foi um dos motivos que levaram o ex-premiê Matteo Renzi a retirar seu apoio ao governo anterior, culminando na ascensão do ex-presidente do Banco Central Europeu.
“A escolha de Draghi de substituir o comissário Arcuri vai finalmente na direção que o [partido] Itália Viva pede há meses”, comemorou Renzi no Facebook.
O governo italiano divulgou um comunicado agradecendo Arcuri pelo “espírito de dedicação” com o qual ele executou suas tarefas e nomeando o general Francesco Paolo Figliuolo como novo comissário extraordinário para a pandemia.
Figliuolo comanda a área logística do Exército desde novembro de 2018 e também já chefiou o contingente italiano no Afeganistão e as forças da OTAN no Kosovo. Seu currículo no site do Exército não mostra nenhuma experiência específica na área da saúde, assim como já havia ocorrido com Arcuri.