
Ilda Boccassini, a procuradora que dirigiu o processo contra Silvio Berlusconi por prostituição de menores e extorsão – conhecido como caso Ruby – afirmou que "era evidente que havia pessoas que se prostituíam nas festas noturnas na casa do primeiro-ministro italiano de Arcore", nos arredores de Milão. Esta foi a resposta de Boccasini às objeções levantadas pela defesa de Berlusconi, sobre as quais o Tribunal penal de Milão deverá se manifestar na próxima audiência do processo, em 18 de julho.
Diante da posição da defesa, para quem a investigação do Ministério Público visava prejudicar Berlusconi, a procuradora negou essa versão, afirmando que o que aconteceu foi que "emergiu um contexto de prostituição, envolvendo também uma menor de idade": Karima El Mahroug, conhecida como Ruby Rouba Corações.
Boccassini frisou que a investigação surgiu a partir de informações sobre "as noitadas das quais participaram pessoas levadas por Emilio Fede, Lele Mora e Nicole Minetti", co-réus com Berlusconi por incitação à prostituição.
A procuradora também negou a violação dos privilégios de Berlusconi, enquanto parlamentar, com escutas telefônicas não autorizadas: sobre um total de 7.792 contatos, incluindo as escutas utilizadas no inquérito, só 315 dizem respeito ao premier e nenhum dos telefonemas dele foi usado, especificou Boccassini.