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CASO CESARE BATTISTI: Relações entre Brasil e Itália não mudarão, diz embaixador

O embaixador brasileiro na Itália, José Viegas Filho, afirmou ontem que o caso do ex-militante Cesare Battisti não vai alterar a relação entre Roma e Brasília.

"As relações entre os dois países são profundas e tradicionais, e sempre será assim", comentou o diplomata, dizendo estar "seguro" de que a libertação de Battisti "não poderá danificar estas relações".

Viegas Filho fez as declarações durante uma conferência organizada pelo Instituto de Relações Internacional e pelo European Council on Foreign Relations.

Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 6 votos a 3, validar o gesto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditar Battisti à Itália.

O ex-militante foi condenado à prisão perpétua na Itália, seu país natal, por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando integrava o grupo de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).

Preso no Brasil em 2007, dois anos depois ele recebeu o status de refugiado político pelo então ministro da Justiça, Tarso Genro, o que impediu sua extradição.

O STF chegou a analisar o caso na época e decidiu que a palavra final sobre a extradição deveria ser do presidente. Com isso, em seu último dia de mandato, Lula decidiu manter o italiano no Brasil.

A decisão foi questionada pelos advogados do Estado italiano, que alegaram que o ex-presidente desrespeitou os tratados bilaterais.

Mas, na semana passada, o STF validou o gesto de Lula e também determinou a libertação de Battisti, que estava em prisão preventiva.

Dois dias após a validação do STF, Roma convocou para consultas seu embaixador no Brasil, Gherardo La Francesca.

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